A pintora Radda Dimittrova, que está com sua exposição da Biblioteca da Faculdade FACHA (aberta á visitações), em entrevista aos alunos da turma de Técnica de Reportagem, ministrada pela professora Clecy, contou um pouco de sua história. Coloco aqui, então, o texto que fiz sobre a entrevista.
Arte pela Arte
Artista plástica e restauradora, a russa Radda Dimittrova, que chegou ao Brasil em 1949, após ter iniciado seus estudos de desenho na Alemanha, em entrevista aos alunos da FACHA contou um pouco sobre seu trabalho e sua vida.
Radda logo ao chegar ao páis, mais precisamente Rio de Janeiro, começõu a cursar o Curso Livre da Escola Nacionl de Belas Artes (ENBA), e assim, em 1970/1973 estagiou no Laboratório de Restauração do Museu de Belas Artes.
Segundo a artista o maior susto que levou ao chegar no Rio de Janeiro, foi não encontrar, como esperava, indios nús, e sim a Aevnida Rio Branco.
Com a cidade sendo preenchida com casas, seja nos morros ou em bairros nobres, ela passou a ter uma paixão, pintar favelas e a cidade que tanto á inspira. Fazendo uma série de paisagens da cidade, em protesto à destruição da memória arquitetônica da cidade. Isso sem falar sobre as cores que descobriu aqui no Brasil. Cores fortes, abertas, alegres. Como ela mesma disse: "O Brasil mudou o sentido de cor."Coisa muito diferente do que estava acostumada, já que no início da carreira só pintava retratos. A exemplo dos que pintou de seu amigo ("camarada" como diz) Luis Carlos Prestes. O qual retratou três vezes.
Além desses tipos de pinturas ainda pôde ter o prazer de pintar o Metrô Carioca e o Sambódromo. E, hoje em dia, mais precisamente desde 2000, Radda faz um trabalho Sentimental (como ela mesma define esta sua fase). Utiliza formas geométricas e um emaranhado de nós, que segundo a pintora retratam os nós de sua vida, nós de amor, ódio e ciúmes. Sentimentos que são intransferíveis, que não se modificam e todos sntem. Mas ela explica que apesar dos quadros retratarem nós, são tratados um sentimento de cada vez.
Como já era de se esperar, nesta fase ela também usa e abusa, ou melhor, "deita e rola"como diz, das cores. Segundo Radda, ela esta colocando a cor que quer, onde quer e do jeito que quer.
Sobre ela mesma diz: "Eu sou boa pintora e sei o meu valor. gosto do que pinto e não posso passar muito tempo sem pintar.", e mais, "Para eu fazer pintura só para ganhar dinheiro não serve. Eu sou de arte pela arte." E isso justifica dizendo que o governo não ajuda em nada a cultura, ao contrário, a cultura é a primeira área a perder a verba caso a mesma tenha que ser cortada. Até mesmo po isso ela não faz muitas exposições, já que para fazê-las gasta-se excessivamente. Para a pintora, melhor do que um bela exposição é conseguir vender um de seus quadros por um ótimo preço.
Falando um pouco sobre restauração ela afirma que é uma coisa muito prazerosa e satisfatória, já que pode recuperar uma linda obra e ainda ganhar por isso. Sendo que teve a oportunidade de dar aulas sobre o assunto, quando passou nove anos (de 1993 à 2002) dando aulas de Restauração de Quadros na Universidade Santa Úrsula.
Quando perguntada sobre que artes, além da pintura, aprecia, Radda diz teatro e música. "Música Brasileira não tem para ninguém."; "Ainda queria poder pintar um cenário de peça teatral." Mas sobre o futuro deixa claro que não faz planos, só sabe que não deixará de pintar. "Só quando o pincel cair da mão."
Quem quiser comentar, elogiar, criticar, acrescentar... fiquem à vontade.
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